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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Metabolismo da obesidade

A causa de obesidade que gera freqüência cada vez maior de obesos no Brasil e em muitas populações no mundo são os maus hábitos alimentares associados ao sedentarismo, dobradinha típica da vida moderna. E para ilustrar os mecanismos de adaptação e regulação do organismo à descarga energética a que somos submetidos, peguemos como exemplo um símbolo que representa esse novo estilo de vida da modernidade: o fast food.

Se analisarmos a composição nutricional de um sanduíche como o big tasty do Mc Donald’s, observaremos que ele apresenta altos níveis de macronutrientes em uma única refeição, em especial carboidratos e lipídeos, o que gera uma elevada densidade energética.

O que regula o peso corpóreo é basicamente a relação entre o gasto energético total (somatório de GEB+ AF+ efeito térmico dos alimentos) e o valor energético total (ingestão diária de um indivíduo). Se:
GET > VET, há emagrecimento;
GET = VET, manutenção de peso;
GET <>
Logo,
Ingestão de alimentos com elevada densidade energética + gasto energético inferior à carga energética ingerida = formação de tecido adiposo em excesso.

O que acontece no nosso organismo enquanto nos deliciamos com essa “bomba energética” é que devido ao alto teor de carboidratos, lipídeos e proteínas vias como a glicólise, ciclo de Krebs, CTE, e glicogênese são ativadas pelo aumento da glicemia e conseqüente aumento dos níveis plasmáticos de insulina para gerar gasto de energia pelo organismo. Quando a glicemia é aumentada, há liberação de insulina pelo pâncreas. Esse hormônio atua desde a entrada de glicose nas células até na transcrição de genes que codificam as enzimas da via. A disponibilidade de precursores de ácidos graxos, bem como de glicerol-3-fosfato, obtido a partir da redução de diidroxiacetona fosfato, produzido pela via glicolítica, permite a produção de triacilgliceróis e seu armazenamento no tecido adiposo.

Quanto à gordura da dieta, ela é degrada em ácidos graxos de cadeia curta no intestino que são reconvertidos em TG no REL dos enterócitos jejunais e agregados a quilomicrons até o fígado. Os quilomícrons são também ofertados aos adipócitos depois de serem convertidos em ácidos graxos livres e glicerol pela ação de lipases lipoprotéicas existentes nas células endoteliais dos capilares, abundantes no tecido adiposo. O glicerol é ofertado, então, ao fígado onde é reutilizado.

*Densidade energética: quantidade de energia por unidade de peso ou volume em KJ/g ou Kcal/g ou mL (conteúdo de macronutrientes; palatabilidade; efeito potencial sobre a saciedade). É geralmente determinada pelo conteúdo de água e gordura dos alimentos.

Postado por Cinndy Wanzeller

Bibliografia:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302006000200003&script=sci_arttext
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/o_que_provoca_a_obesidade_19.html
http://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085%2807%2900580-X/abstract

3 comentários:

  1. Oi
    Tou precisando de uma ajudinha...
    nao sei onde pesquisar sobre as alterações metabolicas sofridas pelo obeso.
    Podem me informar onde encontrar?

    Obrigada.
    Thaysa

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  2. Tambem to precisando

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  3. Poo, tbm to... ngm sabe nao?? beijos, Jordana Lemos

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