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sábado, 31 de julho de 2010

Cortisol



O cortisol é um hormônio que está diretamente vinculado com o estresse metabólico. Isso porque o estresse agudo leva a uma secreção contínua de cortisol e leptina, pois não acontece o feedback entre esses hormônios. Assim sendo, o corpo perde a sensibilidade a ação da leptina, causando a obesidade.

O estresse indica uma condição de alteração no que se diz respeito à homeostasia, sendo que, esse tem âmbito multifatorial, entre eles fatores ambientais, biológicos etc.

O cortisol denota efeitos metabólicos porque estimula a glicogenólise pelo fígado e diminui a utilização de glicose pelas células do organismo. Esse hormônio também ocasiona o catabolismo, ou seja, transforma moléculas grandes em menores, de proteínas nas células extra-hepáticas, principalmente nas células do músculo, direcionando os aminoácidos para o fígado, onde ocorrerá a síntese protéica. Além disso, o cortisol atua na utilização de gordura do tecido adiposo, que após a oxidação dos ácidos graxos são mandados para o fígado.

Nos casos de estresse, a leptina funciona em conjunto com o cortisol. Quando há um aumento nos níveis do cortisol, também ocorre um aumento nos níveis de leptina liberados pelos adipócitos. Porém, o metabolismo fica sensível a ação da leptina. Como já foi comentado, a leptina possui a função de informar ao cérebro que as reservas de energia em forma de gordura estão satisfatórias.


Sendo assim, porque pacientes obesos têm demonstrado níveis elevados de leptina, já que ele é um hormônio indicador de saciedade? Estudos realizados nesses pacientes mostraram que os níveis séricos de leptina são proporcionais a massa de tecido adiposo, portanto não há uma deficiência de leptina, mas sim uma resistência a seus efeitos. Outro motivo plausível que explica tal patologia é que possa existir uma deficiência no transporte desse hormônio para o interior do encéfalo, que é afirmado pelo fato de que pacientes obesos apresentam contrações liquóricas de leptina diminuídas quando comparado com concentrações plasmáticas. E, como não há leptina no interior do encéfalo em obesos não há sensação de saciedade e permanece a ingestão de alimentos. Já no estado normal onde não há presença de estresse, a leptina atuaria cessando a ação do eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal, modulando a secreção do cortisol.


Bibliografia:

• GUYTON, Arthur C., HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª Rio de Jeneiro: Guanabara. 2002.
• NEGRÃO, André B, LICINIO, Julio. Leptina: o Diálogo entre Adipócito e Neurônios. Arquivo Brasileiro de Endrocrinologia e Metabologia. São Paulo, junho. 2000. Dísponível em: http://www.rgnutri.com.br/sap/tr-cientificos/leptina.php
• http://www.webartigos.com/articles/17781/1/Estresse-Como-Causa-da-Obesidade/pagina1.html#ixzz0vIQMpKBK


Laryssa Portal

Leptina

O tecido adiposo não é mais visto como um depósito de triglicérides, hoje é considerado um órgão endócrino ativo que regula o metabolismo de lipídeos e corporal, a homeostasia vascular, funções imunológicas e reprodutivas e mantém a homeostase energética. Esse órgão dinâmico secreta moléculas bioativas chamadas de adipocinas. Entre estas estão a leptina, a adiponectina e a angiotensina.
Leptina
A leptina (do grego leptos= magro) é um peptídeo produzido principalmente no tecido adiposo que desempenha importante papel no controle da ingestão alimentar, uma vez que atua nas células neuronais do hipotálamo no sistema nervoso central. Esse hormônio também induz o aumento do gasto energético e regula a função neuroendócrina e o metabolismo de glicose e de gorduras.
O controle do níveis de leptina no organismo é feito pelo SNC e a expressão desse hormônio é regulada de acordo com fatores orgânicos e ambientais que levam o organismo a determinados estados metabólicos (Quadro 1).



A redução do apetite induzida pela ação da leptina é devida à inibição da formação de neuropeptídeos relacionados ao apetite. Assim, quanto mais altos os níveis de leptina, menor é a ingetão alimentar e quanto menores esse níveis, há indução à hiperfagia.
Comumente em pessoas obesas são encontrados quadros de hiperleptinemia, em que os níveis plasmáticos do hormônio chegam a ser 5 vezes maior do que os de um indíviduo magro, uma vez que há relação direta entre a quantidade de tecido adiposo e a produção de leptina. Esse fato é atribuído ao desenvolvimento de resistência à leptina, ocasionada pela alteração dos receptores desse hormônio ou pela deficiência de transporte na barreira hemato-cefálica.


Ação da leptina nos receptores hipotalâmicos:




Bibliografia:
Velloso, Lício. Arquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia. O controle hipotalâmico da fome e da termogênese implicações no desenvolvimento da obesidade. 18 de Julho de 2010. < pid="S0004-27302006000200003&script="sci_arttext">
Romero, Carla Eduarda; Zanesco, Angelina. Revista de Nutrição. O papel dos hormônios leptina e grelina na gênese da obesidade, 18 de Julho de 2010. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000100009&lang=pt

Cinndy Wanzeller

terça-feira, 20 de julho de 2010

Um pouco mais sobre...

Um estudo publicado no “British Medical Journal ” verificando a influência do peso extra na atividade e na saúde sexual, especialmente em mulheres. Para isso, foram entrevistados mais de 12mil moradores da França, de 18 a 69 anos de idade.
A pesquisa foi dividida em três grandes grupos: com peso norma (IMC entre 18,5 e 25), sobrepeso (entre 25 e 30) e obesos (acima de 30).
Além disso, os resultados revelaram que a relação entre peso e número de parceiros era inversa nos dois gêneros. Dentre as obesas, 17,8% encontraram seu parceiro pela internet; para os homens acima do peso, a taxa foi de 14%.
"Os achados apontam para uma baixa autoestima e falta de cuidado. Obesos se previnem menos (de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis), talvez pela dificuldade de impor isso ao parceiro, com medo de ser rejeitado", diz Claudia Cozer, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
Entre as obesas, a taxa de gravidez indesejada chega a ser quatro vezes mais alta. Conforme a médica, a maioria delas acha que não vai engravidar pois não tem o ciclo menstrual regular e passam muitos meses sem menstruar. As mulheres obesas utilizam menos métodos contraceptivos, dão a menor importância à sexualidade e usam mais a internet que as outras para encontrar seus parceiros.
"Elas não mantêm regularmente um método contraceptivo por desinformação, medo de tomar pílula e engordar mais ou pequeno número de parceiros", afirma.

domingo, 18 de julho de 2010

Um pouco mais sobre...

A revista “Pediatrics” publicou uma pesquisa comprovando que o perímetro do pescoço é mais preciso que o IMC(Índice de Massa Corporal) para revelar a existência da obesidade.
Segundo médicos, essa descoberta também auxilia a prever apnéia do sono e hipertensão tanto em adultos quanto em crianças.
Os pesquisadores retiraram medidas de altura, peso, perímetro da cintura e pescoço de mais de mil crianças e adolescentes dos Estados Unidos. Sendo assim, foi constatado que uma pessoa de dez anos com mais de 32 cm de pescoço tem 15 vezes mais chance de ter problemas.
O perímetro do pescoço já vem sendo utilizado para revelar a existência de gordura visceral em adultos, diz Marcio Mancine, chefe da liga de obesidade do HC da Faculdade de Medicina da USP. “É gordura que você não vê, ou é subestimada. A barriguinha de chope, da prosperidade”, comenta o endocrinologista.

Laryssa Portal

sábado, 17 de julho de 2010

IMC
O IMC consiste na divisão do peso corporal, em kg, pela altura2,em metros. Os resultados obtidos através deste método permitem avaliar se o indivíduo apresenta estado nutricional normal, abaixo do normal ou se está obeso. Neste último caso, o IMC , classifica em que grau de obesidade o indivíduo está , graus I, II ou III(obesidade mórbida).



Obesidade Grau I , caracteriza-se por IMC entre 30 e 35 kg/m2 , apresenta risco moderado à saúde e as doenças comumente associadas são diabetes tipo II(resistência à insulina), hipertensão arterial e hipercolesterolemia.
A Obesidade grau II é determinada por IMC entre 35 e 40 kg/m2 , e influencia o aparecimento ou o agravo das doenças já citadas e doenças osteoarticulares diversas.
A obesidade mórbida(grau III) é a mais grave, o IMC situa-se acima de 40, indicando um risco bem maior de doenças mais graves como as cardiovasculares, AVCs, entre outras.

Diferenças na deposição de gordura no corpo



Em relação à deposição de gordura , a obesidade pode ser classificada em:
• Obesidade Andróide(forma de “maça”), na qual a deposição da gordura visceral ou central é predominante, principalmente na região abdominal, sendo mais propícia a agravar doenças metabólicas(diabetes mellitus) e cardiovasculares. Quando a oferta de alimentos é aumentada, a quantidade de gordura depositada na região central do corpo se expande. Desta forma, a liberação de ácidos graxos no sangue aumenta, devido a incapacidade de determinadas células, como os hepatócitos do fígado, de absorver a alta demanda destes lípides. Assim, a insulina torna-se mais necessária para o transporte de glicose para as células, que concorre com os ácidos graxos. Esta necessidade de mais insulina para o transporte de quantidades normais de glicose, caracteriza a resistência à insulina, alteração metabólica associada à diabetes mellitus.

• Obesidade Ginecóide , na qual a deposição de gordura subcutânea ou periférica se apresenta em maior quantidade,predominantemente na região do quadril, dando ao indivíduo o formato de “pêra” . Esta, determina menor risco metabólico.

• Obesidade Difusa ou Generalizada, na qual há deposição exagerada de gordura em todas as regiões.



Fontes:

• http://cme.medscape.com/viewarticle/723972?src=emailthis

• Marzzoco, Anita. Bioquímica Básica

• Carderno de Atenção Básica – Obesidade

• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032000000700006


Tayne Mirela

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Introdução

É fato conhecido que uma nutrição equilibrada e a prática regular de atividade física são fatores fundamentais para se ter uma boa qualidade de vida e combater a obesidade, a qual é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em um nível que compromete a saúde dos indivíduos, acarretando prejuízos tais como alterações metabólicas, dificuldades respiratórias e do aparelho locomotor. Além de se constituir como fator de risco para enfermidades tais como dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes melittus tipo II e alguns tipos de câncer.
A etiologia (causa) da obesidade é bastante complexa, apresentando um caráter multifatorial. Envolve, portanto, uma gama de fatores, incluindo os históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais, biológicos e culturais. Ainda assim, nota-se que, em geral, os fatores mais estudados da obesidade são os biológicos relacionados ao estilo de vida, especialmente no que diz respeito ao binômio dieta e atividade física. Tais investigações se concentram nas questões relacionadas ao maior aporte energético da dieta (rica em carboidratos e lipídeos) e na redução da prática da atividade física com a incorporação do sedentarismo, configurando o denominado estilo de vida ocidental contemporâneo.
Este blog objetiva levar a você, caro leitor, as informações mais recentes e precisas dos vários aspectos relacionados à obesidade: seus determinantes, epidemiologia atual, prevenção, tratamento, doenças relacionadas, entres outros aspectos.
Boa Leitura!

Andréia Rocha